terça-feira, 7 de dezembro de 2010

A suprema arte da paciência


“Todos estes morreram na fé, sem terem recebido as promessas; mas vendo-as de longe, e crendo-as e abraçando-as, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra”. Heb. 11:13

Em tempos modernos, esperar é quase uma tortura. Esperar 3 minutos até que o jantar esteja quente no micro-ondas; esperar 1 minuto até que as pipocas comecem a estourar, esperar 3 segundos até o que canal mude na TV... Puxa! Que tortura!


Parece piada, mas é esse nosso conceito de paciência hoje. Na maioria das vezes, o tempo de espera suportável está dentro desta “terrível” média. Não sei como alguém consegue aguardar 9 meses para seu filho (a) nascer!
É por isso que Salomão, já experimentado das besteiras que tinha feito em meio à ansiedade, diz “porque para todas as coisas há um tempo certo e um modo certo de agir... Ecl. 8:6”.

Esperar não é uma das virtudes do tempo moderno. Vivemos em meio a um imediatismo constante. Queremos tudo “pra ontem”.

Helena era alguém extremamente agitada. Sua correria entre o escritório e seu estágio, os filhos pra cuidar, a casa pra administrar, sua faculdade, a saúde da sua mãezinha, a preocupação com o seu marido um tanto quanto “abandonado”...  Até que em um determinado momento teve que parar. A pressão foi tanta, que seu corpo reagiu. Era um tumor maligno. Câncer. Teve que se readaptar a realidade. Percebeu que, na correria da sua vida, não ganhara nada, mas perdera muitas coisas.

Helena teve de reaprender a arte da paciência. Viu que nem tudo pode acontecer na sua hora ou do seu jeito. O tratamento de quimioterapia era lento, desestimulante, cansativo, doloroso... Começou então a reenxergar sua carência divina. Já não ia à igreja há muito tempo, isso era algo fora da sua “agenda”.

Viu que, na busca por seu espaço no mercado – e por um salário melhor – perdera grandes emoções na vida dos filhos... Via no marido quase um estranho. Era como se tivesse feito tudo errado todo esse tempo. Perdera a comunhão com Deus. Sentia-se uma estranha pra Ele e pra sua família.  Mas a nova realidade a impôs um novo aprendizado. Teve de aprender a esperar o tempo de Deus. A valorizar o que realmente importava. Tentava se resgatar e resgatar o que havia perdido.

Com Deus é assim. É no tempo Dele. Não é do meu jeito, nem como quero.
E é por isso que há uma correlação tão forte entre fé e paciência. Uma não subsiste sem a outra.
Ainda que aguardassem e, contudo percebessem o fim de suas vidas, pela fé desenvolvida com a paciência enxergavam em Deus aquilo que seus olhos humanos não enxergariam. Foi assim com Moisés. Foi assim com tantos outros.

Homens que morreram crendo nas promessas de Deus, embora não tivessem desfrutado delas na íntegra. Mas pacientemente aguardavam. Vislumbravam pela fé. Sua paciência era o combustível para que continuassem crendo.

Paciência é uma virtude essencial hoje. Espere mais. Aguarde mais. Acalme-se. Descanse. Relaxe. Lembre-se do que Jesus advertiu: “Quem de vocês, por mais que se preocupe, pode acrescentar uma hora que seja à sua vida?” Lucas 12:25. 

Pare e pare pra pensar. Deus é quem tem o controle.
 glórias a Ele.
Por Pastor Marcello

3 Deixe seu comentário!:

Unknown disse...

PAZ+CIÊNCIA É POSSUIRMOS A CIÊNCIA E O ENTENDIMENTO DA PAZ, COMO PRINCÍPIO NORMATIVO DA NOSSA VIDA... PRINCIPALMENTE QUANDO NOS ENCONTRAMOS DIANTE DAS PROBLEMÁTICAS CIRCUNSTANCIAIS DA EXISTÊNCIA!

COMO BEM RESUMIU O PASTOR MARCELLO... É A SUPREMA ARTE DE VIVER!

René disse...

Carlos (ou Herrera?),

Muito bom, esse texto do Pr. Marcello Matias! E essencial para os cristãos.

Esse 'princípio normativo', como você diz, faz parte do "entrar no descanso do Senhor". Tenho experimentado isto, graças a Deus. Dependo totalmente dEle e a primeira coisa que aprendi foi a esperar pelo tempo do Senhor, em Paz!

Abração e continue na Paz!

Telma Moreira disse...

Olá irmão Carlos, obrigada pela visita e por me seguir. Vou ficando aqui também! e como já nos ensinou o apóstolo Paulo, que é nas tribulações que a paciência é trabalhada, para que a mesma produza em nós as mais diversas experiências em nossas vidas, a fim de que sejamos aperfeiçoados e moldados ao carater de Cristo. Quando aceitamos o processo, é mais fácil. Mas quando nos debatemos com Deus ou entramos nesta onda deste corre-corre desta vida moderna, o processo pode ser doloroso e a espera angustiante. Tenho aprendido muito a renovar a minha mente, como Paulo ensina, e a entender que eu não preciso correr de braços dados com o mundo, eu posso viver tranquilamente sem nenhum luxo ou riquezas, sem esta busca frenética da sociedade atual, pois quando o homem descobre esta paz na consciência/mente/emoções, todo o resto se torna suave, e assim aprendemos a tomar o fardo leve de Jesus, e entender como Ele conseguiu enfrentar todo o sofrimento em sã consciência, sofrendo, mas administrando suas emoções. Deus o abençõe !