Na obra, ao morrerem, os três personagens, Garcin, Inês e Estelle são confinados num quarto quente, onde não há janelas, espelhos e distrações para a mente. No mesmo ambiente, as lampadas não se apagam, dando a impressão de estarem permanentemente num presente constante e perene. Como não há espelhos, "um" tenta se enxergar através dos olhos do "outro", gerando mais tensões. Especulações sobre o motivo que levaram cada um deles ao respectivo ambiente infernal, provoca mais desentendimentos. No decorrer da narrativa, a convivência se tornará insuportavel, a ponto do personagem central do enredo dizer: inferno? diabo e enxofre? que nada...O inferno são os outros.
Claro que creio no inferno, segundo os parametros cristãos. No entanto, sei que vivemos pequenos infernos no dia-dia, situações que nós deixam paralisados, subjugados e sem rumo. E, como no aforisma do personagem Garcin, que vaticinou o olhar especulador do próximo, a tutelagem do outro, o desejo mórbido de nós enquadrar num pacote ético-moral e adequado, são atitudes capazes de transformar a vida num verdadeiro inferno.
Pois se você trabalha demais, é puxa-saco....
se você trabalha de menos, é vagabundo...
se você sorri muito, é bobo alegre...
se você sorri pouco, é sisudo....
Enfim, por mais que façamos, nunca iremos deixar ninguém satisfeito.
Sim! Podemos ter uma existência que não é dependente das opiniões alheias, mas nem por isso, devemos nos torna solipsistas, isto é, pessoas isoladas, fechadas e egocêntricas. Pois, o outro, ainda é fundamental para minha sociabilidade... porque na convivência com o próximo, me é evidenciado a existência....no olhar do outro, me percebo como gente...na troca de ideias, vemos a beleza da pluralidade....é no ato comum-unitário que percebemos a ambiguidade intrinseca do homem-caído, pois o braço com que se abraça é o mesmo que afasta...os lábios que lançam palavras tão afáveis, é capaz de jorrar torrentes de fel...E, ao exigirmos pureza alheia, inevitavelmente, as profundezas do nosso ser testificarão o quanto somos legalistas e hipócritas em diversos assuntos...
Assim somos nós.... simplesmente " gente" .... no caminho!
Carlos Herrera
Pois se você trabalha demais, é puxa-saco....
se você trabalha de menos, é vagabundo...
se você sorri muito, é bobo alegre...
se você sorri pouco, é sisudo....
Enfim, por mais que façamos, nunca iremos deixar ninguém satisfeito.
Sim! Podemos ter uma existência que não é dependente das opiniões alheias, mas nem por isso, devemos nos torna solipsistas, isto é, pessoas isoladas, fechadas e egocêntricas. Pois, o outro, ainda é fundamental para minha sociabilidade... porque na convivência com o próximo, me é evidenciado a existência....no olhar do outro, me percebo como gente...na troca de ideias, vemos a beleza da pluralidade....é no ato comum-unitário que percebemos a ambiguidade intrinseca do homem-caído, pois o braço com que se abraça é o mesmo que afasta...os lábios que lançam palavras tão afáveis, é capaz de jorrar torrentes de fel...E, ao exigirmos pureza alheia, inevitavelmente, as profundezas do nosso ser testificarão o quanto somos legalistas e hipócritas em diversos assuntos...
Assim somos nós.... simplesmente " gente" .... no caminho!
Carlos Herrera
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Ta´na hora de nos enxergamos...
tô contigo e não abro!
A comunhão faz parte da nossa vida cristã, mas temos que vigiar e buscar muito o discernimento para não sermos enganados.
Há verdadeiros servos que nos é apresentado como irmãos, nos auxiliando em nossas dificuldades, dando-nos uma palavra consoladora vinda diretamente do Trono da Graça, a esses, eu louvo à Deus por suas vidas e também pela vida do irmão que tem se mostrado um genuíno servo de caráter cristão.
Parabéns pelo post!
Em Cristo,
***Lucy***
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